*** VERSÃO EM PORTUGUÊS ABAIXO ***
Hello everyone!
In today's post we're going to talk about a very interesting (and even somewhat macabre) part of London's history: the origin of the Penny Dreadfuls!
As you know, I have a book club where I share interesting stories and facts about important English authors and their legacy to us. So following this theme in today's post about a literary genre that became known in 19th Century London, and which gave rise to many famous and - for the most part - very scary stories.
To understand how this literary genre was born, we need to go back in time, to the time of the Industrial Revolution in London. With the start of factories and the invention of large machinery, a demand for urban workers emerged during the 19th century, prompting rural residents to move to the city, where they could settle close to their factory jobs.
There is a lot of evidence of high levels of violence and poverty in London during this time, which is understandable; with the city's population doubling in size, social inequality, diseases, and, of course, violent crimes increased. This was the environment in which inspired the Penny Dreadfuls.
Also known as "Penny Bloods" and "Penny Horribles", these publications were simply stories published en masse, on very cheap paper - this is why few copies have survived today - that had the working class as their target audience. The name "Penny Dreadful" came about because the publications cost only a penny, and "Dreadful" which means "awful" was a reference to the scary content and ‘poor language’ that was used.
The wide availability of the booklets was one of the factors that made these stories so popular: it is estimated that between the 1860s and 1870s there were more than 100 active Penny Dreadfuls publishers. Some authors, paid for each line of text, wrote more than one story at a time, and many of them could go on for months or even years, like a soap opera.
The genre of stories varied greatly; they were not only about supernatural horrors and bloody events. In fact, consumers could read tales of adultery, poisoning, revolutions, robberies, highway robbers and a host of other content considered scandalous. And of course, there were also the stories of vampires, demons, ghosts and all sorts of supernatural creatures. The booklets were inexpensively published, ranging from 8 to 16 pages long and had a cover which called attention with its illustration! The macabre and gory nature of the publications was a factor which always shocked and interested readers.
The controversial nature of the Penny Dreadfuls soon caused the publications to become a target of repudiation by much of London's population; many claimed that reading such violent narratives could increase the incidence of crime in the poorest of the population – just as today we can also see this same type of criticism with video games and movies.
At their core, the Penny Dreadfuls were an escapism for the working class, and their often exaggerated stories were just a reflection of the reality of the day. Of course, we also need to see the context from which the criticism of such publications came from: many stories depicted revolutionary acts and their criminal characters had a disdain for the authorities. It is clear that the upper class of society would be uncomfortable with the general public consuming this type of entertainment. Many of Penny Dreadfuls' publishers were closed at the time, on charges of moral abuse and the publication of obscenities.
As much as the genre was repudiated by some, the Penny Dreadfuls continued to be an object of interest throughout most of the 19th century, drawing many fans of their stories and fueling the creativity and fantasy of a large part of a newly literate population. Some of the most famous stories were "The Mysteries of London", "Varney the Vampire", and "The String of Pearls" - the last title even introduced the world to the character Sweeney Todd, who in 1979 won a musical adaptation and several film adaptations.
In 2014, the series Penny Dreadful was launched, an Anglo-American co-production with three seasons. Although the series is not based on a Penny Dreadful of the time, the story successfully rescues the macabre and frightening mood and atmosphere of many publications. Bringing together various elements and literary characters from English works – such as Dracula, Frankenstein, The Doctor and the Monster, and Dorian Gray – the series delivers what it promises, giving viewers a taste of Victorian England and its monsters, crimes and tragedies.
What about you? Do you like to read cartoons and books with illustrations? What about reading crime fiction or horror stories? Write back to me in English below!
I hope you enjoyed practicing your reading skills!
See you next time!
Rachel
Penny Dreadfuls
Hello everybody!
No post de hoje nós iremos falar de uma parte muito interessante (e até um tanto macabra) da história de Londres: a origem dos Penny Dreadfuls!
Como vocês sabem, eu possuo um clube de leitura, onde compartilho histórias e fatos interessantes sobre importantes autores ingleses e seu legado para nós. Nada mais justo do que falar no post de hoje sobre um gênero literário que ficou amplamente conhecido na Londres do século 19, e que deu origem a tantas histórias famosas e – em sua maioria – bem assustadoras.
Para compreendermos como esse gênero literário nasceu, precisamos voltar no tempo, até a época da Revolução Industrial em Londres. Com o advento das fábricas e a invenção de grandes maquinários, a demanda por trabalhadores urbanos cresceu imensamente durante o século 19, fazendo com que os moradores rurais fossem para a cidade, onde pudessem se estabelecer perto de seus empregos nas fábricas.
Muito se é comentado sobre a grande violência e pobreza em Londres durante essa época, o que é compreensível. Com a população da cidade dobrando de tamanho, era previsível também o aumento da desigualdade social, das doenças advindas da sujeira, e claro, dos crimes violentos. Essa atmosfera foi o que deu inspiração para os Penny Dreadfuls nascerem.
Também conhecidos como “Penny Bloods” e “Penny Horribles”, as publicações eram simplesmente histórias publicadas em massa, em papel muito barato – eis o motivo de poucos exemplares terem sobrevivido até hoje – que possuíam a classe trabalhadora como público alvo. O nome “Penny Dreadful” ficou sendo o mais conhecido – “Penny”, pois as publicações custavam apenas um centavo, e “Dreadful” que significa “horrível” ou “assustador”.
A vasta disponibilidade dos livretos foi um dos fatores que tornaram essas histórias tão populares: estima-se que entre os anos de 1860 a 1870 existiam mais de 100 editoras de Penny Dreadfuls ativas. Alguns autores, pagos por cada linha de texto, escreviam mais de uma história por vez, e muitas delas podiam continuar por meses ou até anos, como uma novela.
O gênero das histórias variava muito; não só de horrores sobrenaturais e sangue sobreviviam os Penny Dreadfuls. De fato, o consumidor poderia ler contos de adultério, envenenamento, revoluções, roubos, ladrões de estrada e mais uma série de conteúdos considerados escandalosos. E é claro, também existiam as histórias de vampiros, demônios, fantasmas e todo tipo de criatura sobrenatural. Os livretos eram publicados de forma barata, contendo de 8 a 16 páginas e possuíam uma ilustração de capa e outras ilustrações entre as páginas. A natureza macabra e sangrenta das publicações estava sempre presente, chocando e interessando os leitores.
A natureza polêmica dos Penny Dreadfuls logo fez com que as publicações se tornassem alvo de repúdio por grande parte da população de Londres; muitos afirmavam que a leitura de tais narrativas violentas poderia aumentar a incidência de crimes na camada mais pobre da população – assim como hoje também podemos ver esse mesmo tipo de crítica com os videogames e filmes.
Em sua essência os Penny Dreadfuls serviam de escapismo para a classe trabalhadora, e suas histórias muitas vezes aumentadas e distorcidas eram apenas fruto da realidade da época. É claro que também precisamos ver o contexto de onde vinham as críticas a tais publicações: muitas histórias retratavam atos revolucionários e seus personagens criminosos possuíam um desdém pelas autoridades. É claro que a classe alta da sociedade ficaria incomodada com o proletariado consumindo esse tipo de entretenimento. Muitas das editoras de Penny Dreadfuls foram fechadas na época, por acusações de atentado à moral e a publicação de obscenidades.
Por mais que o gênero fosse repudiado por alguns, os Penny Dreadfuls continuaram a ser objeto de interesse por quase todo o século 19, contando com fãs assíduos de suas histórias e alimentando a criatividade e a fantasia de grande parte de uma população recém-alfabetizada. Algumas das histórias mais famosas foram “The Mysteries of London”, “Varney the Vampire”, e “The String of Pearls” – o último título inclusive apresentou ao mundo o personagem Sweeney Todd, que no ano de 1979 ganhou uma adaptação musical e diversas adaptações cinematográficas.
No ano de 2014 foi lançada a série Penny Dreadful, uma coprodução anglo-americana com três temporadas. Embora a série não seja baseada em um Penny Dreadful da época, a história consegue resgatar com sucesso o clima e a atmosfera macabra e assustadora de muitas publicações. Juntando vários elementos e personagens literários de obras inglesas – como Drácula, Frankenstein, O Médico e o Monstro, e Dorian Gray – a série cumpre o que promete, dando ao espectador um gosto da Inglaterra vitoriana e seus monstros, crimes e tragédias.
E você? Já conhecia esse gênero literário? Comente abaixo o que você achou do post!
Thank you for reading! Until next time!
Vejo você na próxima vez!
Rachel
Very interesting and informative!! Loved it!
I would like to real cartoons and books with illustrations, and I'd rather reading about crime fiction and stories about vampire.😍
I like cartoons wir book Illustrations and crime ficction Stories! Thanks!